sexta-feira, 19 de julho de 2013

As Pirações de um Economista Entediado!

Sabe aquelas horas em que você percebe que nada mais está rendendo? Não interessa se você está em casa sem ter nada pra fazer, no trabalho entre uma atividade e outra, ou até mesmo no trânsito, só o que sabe é que precisa de um ar, uma respirada, pensar em outra coisa. Às vezes nos deparamos com situações em que, mesmo no meio de um cotidiano corrido, podemos fazer nosso cérebro de um jeito diferente, e aí vai de cada um no que quiser pensar. E não adianta dizer que isso nunca acontece com você, pois na maioria das vezes é você que não percebe, talvez por estar no facebook ou assistindo novela! O que apresento agora é o se passa pela minha cabeça quando me sinto um pouco entediado.


Na verdade é um conjunto de análises e pequenas regras que desenvolvi ao longo dos tempos, relacionadas sempre à economia, lógico, e a alguns assuntos corriqueiros. Todos sabem que entre meus assuntos de maior interesse estão os pilares deste blog, ou seja, economia, carros e rock n' roll. E gostar de economia também significa gostar de números, ainda mais se eles vierem acompanhados de um símbolo de moeda e esses números forem seus. Partindo disso há uma série de experimentos que fiz ao longo dos anos, alguns já comentei, mas aí vão de novo.

O comparativo entre poupança e renda fixa. Sempre li e ouvi notícias falando sobre opções de investimento, sobre o que rende mais ou menos, sobre os reflexos da taxa de juros. Até que um dia resolvi fazer o teste, peguei mil reais em um determinado momento e apliquei na poupança, e no mesmo dia apliquei mais mil reais em um fundo de renda fixa extremamente atrativo a que tive acesso. Bom, acompanhei o resultado diariamente e pude afirmar, sem ressalvas, que fundos de renda fixa, independente da regra, que cobrem até 0,5% de taxa administrativa, rendem mais do que a poupança e pronto! Fora o fato de que se você precisar do dinheiro com 10 ou 15 dias de aplicação poderá sacar usufruindo dos juros, coisa que a poupança, por ser rendimento mensal, impossibilita. Ou seja, a renda fixa vale mais, quando se sabe onde investir.

Simulação de Capitalização x Loteria. Sempre ouvimos falar que capitalização é o pior investimento de todos, certo? Como todo bom economista, depende! Certa vez eu comprei um TC de pagamento único, daqueles que não te devolve nem o valor integral depois de 12 meses. Mas na verdade o que acontece é que, por correr pela loteria federal, o TC nada mais é do que um jogo semanal programado. É sim uma ótima opção para aquela pessoa que joga toda semana os mesmos números na mega sena. E na maioria dos planos você ainda resgata todo o valor. Lógico que aí entra o vício pelo jogo, de querer ir lá fazer sua apostinha na mega. Mas para que tem preguiça mas gosta da possibilidade, eu não descarto. E pra quem acha que sorteio pela loteria federal é furada, eu já conheci ganhador de TC. Sim, eles existem!


Comparativo de ganhos e perdas. Sempre fui categórico em dizer que dinheiro de Bolsa de Valores é dinheiro a fundo perdido. Mas ninguém gosta de perder dinheiro, é claro. Por isso ao longo do tempo, entre tabelas e anotações, fiz o acompanhamento de tudo que já tive de rendimento em aplicações das mais diversas e tudo que perdi. O fato é que perder é para quem não sabe se organizar, pelas minhas simulações, o rendimento de aplicações como o CDB, de longe o meu preferido, cobre facilmente as perdas mais absurdas de quem joga com sabedoria. Existem ações e ações, e só digo uma coisa, apostar mais de 5% do seu patrimônio liquido em ações como uma OGX da vida, é burrice plena! Mesmo que você tenha possibilidade de ganhos, isso não me interessa, o que eu busco na Bolsa é uma diversão sustentável com a chance de ganhar algum trocado, jamais enriquecer de forma quase mágica. 

Teoria do valor liquido. Quando entramos no nosso bankline e acompanhamos o rendimento de nossas aplicações, sempre aparece o valor bruto e o valor liquido. O que a maioria das pessoas faz é olhar o valor bruto e esquecer das tributações e taxas. Portanto, e isso serve muito bem para avaliar a comparação total e possíveis perdas, veja sempre o valor que você teria se resgatasse hoje o seu dinheiro. A visão do valor liquido sempre me ajudou a ter certeza do que posso fazer, o que posso comprar, em que posso investir meu dinheiro de forma segura, com alguns deslizes do mundo do risco.

A avaliação do custo total. Essa é a grande dica para os que costumam comprar a prazo ou financiar as coisas. Nunca, jamais, em tempo algum, avalie o preço de etiqueta! Se você está financiando não pense na parcela, mas sim no custo total. E lá vou eu no meu melhor exemplo, que é onde a maioria vai se encaixar, carros. É claro que eu tinha que falar de carros. Você acha que aquele Peugeot 206 usado que você achou, completão, à incríveis 13 mil reais, irá lhe custar 13 mil? Você sabe que não, o dono da loja sabe que não, até sua mãe sabe que não, mas você sai por aí todo feliz dizendo que custo 13 mil! Não faça isso! Faça um favor a si mesmo, pelo menos pra você, admita que ele custou 48 x de 399 e tenha a coragem de calcular isso e descobrir que pagou quase 20 mil no carro. Isso é só um exemplo, mas vale para todas as parcelas! Faça como a regra da economia, se eles te dizem que o preço à vista pode ser parcelado em 10x, pergunte quanto desconto você ganha pra compra à vista de verdade!


"A vida nos ensina, que se sobrar um, vai faltar um pra alguém."

E para terminar, até no ensaio eu resolvi dar uma pirada, com vocês, a família Daewoo!

Mas no vídeo eu vou ser tradicional e categórico. Eu não consigo entender como existem pessoas que tem a coragem de dizer que não gostam de Guns N' Roses. O Guns talvez seja a principal referência de Rock do final dos anos 1980. Não existe nada que se compare ao impacto deles na música e no cenário mundial da época. Existem outras bandas boas da mesma fase, mas nada se compara. Mas para constar, meu respeito e admiração é para o Guns de 87 a 94. Guns é Axl + Slash + Duff, qualquer coisa fora disso é rock, é música, mas não é Guns N' Roses!


É isso aí galera, forte abraço e meu muito obrigado!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Perder ou Ganhar? Viva o Dinheiro!

Antes que alguém pense que o nome do post é uma idolatria ao papel moeda, não, o que eu quero dizer é para você viver, no sentido de usufruir, aproveitar ao máximo o que as finanças podem fazer por você. É claro que ninguém gosta de perder dinheiro, mas será mesmo que toda perda representa um retrocesso? Não, e realmente eu acho que não, no mundo financeiro podemos perder descaradamente, perder conscientemente e ainda perder enquanto achamos que estamos ganhando. Não vou martelar mais uma semana na mesma tecla do financiamento, mas sabe quando você ouve que uma pessoa "ganhou" um desconto ao financiar um carro? Esse é o clássico perder enquanto acha que ganha.


E é com base nisso que eu vou falar das perdas que se dá pra encarar no mundo das finanças. Na verdade eu não tenho exemplo melhor de perda virtual do que a minha velha amiga, Bolsa de Valores. Onde para perder é preciso tomar duas decisões. O jogo só acaba quando termina, eu sou um entre milhares ou milhões de acionistas da OGX que viram o valor da sua carteira mais que despencar nos últimos meses. Pra ser preciso não faz nem seis meses que eu compre ações a 5 reais, depois a 3, depois a 1, por fim, meu último lote foi à míseros 0,39 centavos! É quase inacreditável, mas o mais absurdo de tudo isso é se você me perguntar se eu perdi dinheiro. A minha resposta é simples e objetiva: não, aliás, só ganhei até agora.

Ganhei pouco, é lógico, mas perder eu não perdi nada. Essas ações são mais divertidas que uma montanha russa, hoje caem 15%, amanhã sobem 20! Já comprei a 0,39 e vendi a 0,60, já comprei a 2,80 e vendi a 3,40. Com certeza eu tenho um dinheiro parado lá esperando, talvez em vão, que se recupere, mas quando aparece uma oportunidade de brincar é lá que eu estou, comprando por menos e vendendo por mais, no melhor estilo especulador de ser. De ser e de viver, pois isso é viver o dinheiro, isso é se divertir com a realidade do mercado.


Mas se me perguntarem então se eu já perdi dinheiro, eu só posso dizer, com certeza. Já vi ações minhas caírem de 9 para 4 reais sem eu poder nada fazer, e na situação só me restou engolir o prejuízo e vender, pois naquele momento eu sabia que era o melhor a se fazer. Mas como saber se devo vender e amargar um prejuízo ou devo esperar pacientemente? Só tenho uma dica, quando não se está totalmente preparado para  perder não é aconselhável sequer entrar na brincadeira. Mas uma vez tendo o recurso separado e seguro que que está fazendo, talvez você nunca mais precise perder, mas sim apenas esperar.

Para os muito conservadores, o correto é só guardar? É aí que entra a parte do viver. Se você não é do tipo que gostar de curtir os riscos da Bolsa e acha que aquilo é coisa de louco, o que na verdade é um pouco, e ainda tem consciência de que é importante ter dinheiro, é hora de pensar não só em não gastar, mas sim em como gastar. A vida financeira é feita de ciclos, há momentos que favorecem a poupança, fases em que você ganha um bônus, em que você economiza em coisas simples, em que você gasta menos do que previa. Esses momentos não são os momentos de curtir e comprar coisas. Não são os momentos aproveitar que está sobrando.

O momento de poupar é o momento de investir em reservas seguras de onde for possível. Não pense em nada, apenas em guardar. Pois com o dinheiro certo na mão você terá a segurança de conseguir se vivar no próximo ciclo, e certamente ele virá. O ciclo do gastar. Pois bem meus amigos, quando você tiver a oportunidade de trocar de carro, terá também que reformar parte da sua casa, terá ainda que conviver com um momento de crise na bolsa e impossibilita as vendas, e tudo isso junto! Por isso é a hora de usar aquela reserva que você constituiu ao longo dos anos. E o mais prazeroso é ver que honrar todos os compromissos ainda não comprometem 50% do que você juntou. Isso é viver, viver o dinheiro, viver do dinheiro, ser parceiro, não ser refém.


Carros são o melhor exemplo do viver e perder em um momento só. Hoje em dia não há carro que se compre para ganhar dinheiro, mas carros com certeza são ferramentas próprias destinadas ao viver, eu sei que alguns não pensam assim, mas eu curto a vida em quatro rodas e perco com muita consciência de que na verdade estou investindo no viver. E hoje sei que faço de forma segura e preparado para o gasto que surgir. Por isso no ensaio da semana vão exemplos que carros para perder dinheiro, mas também para viver! Daewoo Espero, Vw Golf e Fiat Marea Weekend!

Por fim, um pouco de Rock descontraído, daquelas bandas que por mais que façam rock, acabam sobrando só os hits mais lentos.


É isso aí galera, muito obrigado!

sábado, 6 de julho de 2013

Custo x Benefício, o que é caro pra você?

Todos nós sabemos o preço das coisas, está por aí nas etiquetas de tudo que está à venda, mas quanto valem essas coisas? Algo que alguém julga caro pode não ter o mesmo impacto no bolso de outra pessoa. Além da questão de opinião e gosto, um conceito muito forte no mercado de bens e serviços é o custo x benefício. Quanto vale gastar e quanto isso me trará de volta?


O conceito de investir, falando apenas em guardar dinheiro e obter um retorno, está ligado ao fato de não gastar. De abrir mão de várias coisas em prol de uma reserva, da aquisição de um bem maior, ou até mesmo investir por investir, o grau mais perigoso do vício de guardar dinheiro. Eu creio que não há pessoas que são de um jeito ou de outro, com raras exceções, o que vemos por aí é que as pessoas vivem fases. E cada um tem o direto de viver a fase financeira que estiver. Seja a fase de gastar, seja a fase de poupar, seja a fase de investir, seja a fase de se endividar.

Particularmente eu não recomendo a última, endividar-se não é legal, por mais que você ache que só assim se consegue certas coisas, na minha opinião não é não. Há dois grandes exemplos de endividamento da pessoa física, que são aplicáveis, pelo menos em teoria, a qualquer um que tenha o sonho da independência financeira e de comprar seus próprios bens. São eles, a casa própria e o carro novo.

Os dois são exemplos de como se endividar? Sim. Os dois são maus investimentos? Não.


A compra de uma casa é algo sério e que representa muito mais do que um simples bem. Uma casa nova é o início de uma fase de extrema importância na vida de uma pessoa, é a construção de um lar, é um lugar onde se pretende viver por muito tempo e que vai ser o centro de sua vida a partir daquele momento. Uma casa nova é pra onde se irá todas as noites, é a sua fortaleza, o seu recanto. Logo, sem dúvida nenhuma eu digo que, uma casa, um lar, é sim um investimento. Não importa se você comprou pelo minha casa minha vida, se você ganhou dos seus pais, se você herdou ou se você ainda está pagando. A casa é o grande exemplo do financiamento que vale a pena, até porque é bem difícil juntar dinheiro para comprar uma à vista.

Agora, o erro primário de 99% das pessoas, o bem que não é estrutura, que não é essência, que não pode ser visto como investimento e que muitas vezes nem sequer lhe trás tantos benefícios assim. O automóvel. Uma das grandes falhas do ser humano é pensar que carro é um patrimônio seu. Carro na verdade é apenas um bem. Um bem de consumo durável, mas apenas um bem. É algo que se compra para lhe ajudar no dia a dia, é algo que irá lhe servir e lhe dar muitas alegrias, com certeza, mas não é um bem que, na minha opinião, valha um financiamento.


É possível comprar carro à vista? Não só é possível como é o ideal a se fazer, digo isso porque já comprei 9 automóveis sem financiar nenhum centavo! Não, nenhum deles foi um carro zero, nenhum deles veio com fita vermelha, nenhum deles tinha aquele status de não ter pertencido a ninguém antes de mim e nenhum deles pode ser tão bom quanto o seu. Mas espere, o seu carro já é totalmente seu? Pois os meus sempre foram. E como já disse várias vezes, eu provo pra quem quiser, que comprar carro usado à vista é melhor negócio do que comprar carro zero financiado. Só existe uma única regra, abra mão da falsa imagem de parecer melhor que alguém. Você está endividado! Isso não é bom, e nunca será!

No ensaio da semana, carros usados e baratos, carros que se compra pelo valor que a maioria das pessoas junta ao longo de anos e depois... usa para dar de entrada no carro novo. Palio Weekend, Gol IV e Ford Focus. E não me venha falar de manutenção de carro usado porque carro usado, assim como tudo na vida, é planejamento! É procurar o carro certo, é revisar assim que pegar e cuidar. Um carro de 5 anos, 10 anos, 15 anos, ou até mesmo o meu Fusca que já está com 32 anos, se bem cuidado vai bem até onde o zero financiado irá te levar.

Vídeo da semana com um dos ícones do Rock n' Roll, que está vindo para Curitiba em agosto, os caras podem até estar um pouco velhos, mas continuam mandando muito bem. Com vocês Steppenwolf!


Abraços e muito obrigado!