Num primeiro momento pode até parecer que estamos falando apenas de casamento, mas não, programar uma vida começa muito antes disso. Gostaria de falar sobre a mágica e o desafio de construir uma união financeira.
Muitas pessoas que conheço estão vivendo essa fase, outras irão passar por isso em breve e algumas até estão tentando se acostumar com não estar vivendo mais assim. Mas como eu gosto sempre de dizer que a Economia está em tudo, no último bate papo não ouve argumento contrário, por que não dizer que a economia está nos relacionamentos?
Eu poderia ficar falando sobre as primeiras impressões econômicas de inícios de namoro, poderia falar sobre a mística de se pagar uma conta no cinema ou em um jantar, poderia falar sobre aquele momento de incerteza quando se resolve comprar um bem de consumo durável e dividi-lo. Mas tudo isso é muito simples, desde o primeiro momento o que vale é qual o seu momento. O barato da vida não é apenas poupar, controlar e acabar virando um paranoico. Investir em bons momentos é o que faz com que você sinta que os sacrifícios valeram a pena.
Mas vamos ao momento em que você já tem noção de que qualquer convite para festa ou evento deve ser contabilizado em dobro. Nesse instante você percebe que os trocados de jovem já não mais vão garantir uma noite toda, quanto mais um fim de semana, quanto mais um mês. Estou falando de quando você assume compromissos e outras (pelo menos uma) vidas passam a depender da sua, e mutuamente você passa a contar com a parceria de alguém.
Minha dica óbvia para os casais é o que pouca gente tem coragem de fazer. Unam suas vidas financeiras antes de mesmo de unir o endereço. Faça com que não exista mais a expressão "não tenho dinheiro", pois se você têm, ela também terá, (ou ele, vocês entenderam!) e se você não tiver, ambos dirão "não temos dinheiro" e concordarão em repensar gastos.
Lógico que a liberdade financeira é importante para qualquer um. Ter o direito de comprar o que quiser nunca pode ser bloqueado por outra pessoa senão você mesmo. Mas quando você aprende a compartilhar seus ganhos, você aprende que certas coisas não são mais tão necessárias quanto o sorriso dela.
E querem ver o quanto pode ser gratificante? Vamos supor que você coloca na cabeça que poupar é importante, de tanto ler um blog qualquer você aprende a fazer o dinheiro trabalhar um pouco, e num certo dia você descobre que ela também quer um futuro. Quer satisfação maior do que descobrir que vocês têm juntos o dobro do que já estavam felizes por terem sozinhos?
Eu sei, a vida não é simples ou fácil como apenas imaginar. Mas há momentos em que o sentimento do compromisso por outra pessoa faz com que tenhamos base para enfrentar as crises do dia a dia. Não é só aquela crise mundial que assola o mundo de décadas em décadas, em que muitas empresas quebram e normalmente os mais fracos acabam pagando muito mais caro, que afetam nosso dia. A pior crise é aquela que se instala entre duas pessoas que não pensam da mesma forma, que não concluem se o melhor é viajar ou trocar de carro, se hoje ainda não é possível fazer as duas coisas o essencial é pensar em qual a sua prioridade.
Compartilhar rendimentos, compartilhar sentimentos, compartilhar momentos, construir, evoluir, consolidar.
Pense nisso: Quando você estiver revoltado porque as coisas mudaram e você não queria, olhe para você mesmo e perceba que você também mudou e não sabia. Aprendi isso esta semana...
Minha sugestão clara é que quem ganha mais têm sempre que assumir mais responsabilidades pelos dois, pois não existe melhor ou pior, existe o justo. Cada gasto é algo decidido em conjunto, portanto é certo que cada um coopere com o quanto puder. E repito, o sorriso no fim das contas é sempre a melhor parte.
Sabe, o amor verdadeiro não é aquele que te faz sorrir com migalhas, mas o que recolhe lágrimas contigo e pensa junto em como se constrói uma vida.
A vida não é fácil, nos prega peças que só iremos entender depois de muito tempo.
"Ando sozinho, pelas ruas, nas esquinas de qualquer lugar. Vejo um menino, velho pássaro, que não se cansa de voar. Ares de uma mulher, corpo que seduz, me leva um pouco para lá. Paro e vejo uma luz, pode ser o sol, e nada poderá mudar."
Dica de música, Cidadão Quem.
E para quebrar um pouco mas sem destoar, duas rápidas.
Venda de imóveis de luxo, leia-se acima de 1 milhão de reais, quadruplicam em Curitiba. Um pouco é porque agora muitos imóveis estão valendo mais de 1 milhão, mas a realidade é que as famílias estão ganhando mais, pensando mais e planejando o que querem. Uma curiosidade sobre essas compras é que a maior já possui um imóvel na faixa de 400 a 500 mil reais e mais um monte de aproximadamente 200 mil em poupança. Acha que tá longe dessa realidade? Pois é, muitas dessas famílias pensavam assim a 10 anos. Mas garanto que eles traçaram metas, e planejaram o que queriam. Ou ganharam na loteria, pode ser também.
A Nissan sai na frente, apesar de ter sido das mais recentes que começou a produzir no Brasil, apresenta o primeiro "popular" japonês. É o March, um subcompacto na linha do Kia Picanto, mas com preços a partir de 28 mil reais. A Toyota está estudando um compacto também e a Honda parece satisfeita com seu Fit, mas o fato é que a Nissan deve começar a virar a página dos modelos de entrada, sim pois num Nissan eu confiaria, num chinês, nem a pau.
Bom, hoje é assim, simples, filosófico, com músicas românticas, um carro e um apartamento.
Do complexo ao óbvio, Rápidas de Economia, é como o próprio nome já diz, e muito mais...
Obrigado!